Protesto contra a morte de uma jovem de 17 anos, moradora da favela Heliópolis, na zona sul de São Paulo, ocorrida em 1º de setembro de 2009. Foto de Werther Santana/Agência Estado.
e quando vier o dia
os homens estarão mortos
as crianças tristes e perdidas
e órfãs as mulheres
quando vier o dia
ficarão pássaros com asas queimadas
e o grito insano da cidade
estaremos sedados
a noite e o país em pedaços
melhor fechar as janelas
e não ouvir
estaremos seguros em nossas casas
e alguém dirá que não existe guerra
14 comentários:
Dri querida
Até quando os dias conseguirão abafar os gritos insanos da cidade??
Lindo e forte é o teu poema, triste e verdadeira, a nossa realidade!
Bjs
Lindo, DRI!
O poema mais real que já li.
E alguém se atreve a dizer que existe guerra?
AMEI!
Beijos
Mirse
Essa é poesia urbana mesmo! Especial, do tipo que eu gosto mas, não sei fazer como você. Beijo e parabéns pela poetisa que tem dentro de você.
PS: Lá no blog da amiga in natura tem um do mesmo estilo, mais antigo
http://goldinnatura.blogspot.com
Oi Adriana,
este poema expressa bem a vida urbana que hoje vivemos. Estes dias de desalento intenso já estão presentes e infelizmente assolam nossa vida, removem a paz e entristecem o coração. É uma dura realidade, mas a poesia de algum modo nos salva... É como a rotina que escrevi comparando-a com uma velha sem viço. Bj,
Úrsula
Gostei muito. Beijo.
Impressionante.
Essa adriana é do ramo. Gostei.
Belo poema, Adriana. Lindamente triste (ou tristemente linda) a imagem dos pássaros com asas queimadas,
FFF
orte!
Agradeço a quem veio de verdade. beijos.
Fortíssimo.
o dia já é.
excelente !
Cunhadão, simplesmente demais!!!!
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