À canhota
A solidão como companheira.
Amizade entre pedra e gente.
Saudade de coisa inexistente.
Caminhar plantando bananeira.
Dolorido de tomar remédio.
Alimentação à base de vento.
Parado mesmo em movimento.
Felicíssimo no maior tédio.
Bêbado de não tomar cerveja.
Triste sem causa com a vida.
Ficar toda nua estando vestida.
Comer o bolo e não a cereja.
Nada é tudo o que parece ser.
Tudo é nada comparado a viver.
7 comentários:
Felipe, acertou em cheio nesse poema! Muito bacana!
Li lá e reli aqui. Excelente e belo poema. Bj
Interessante construção.
Também o li e reli
algumas vezes.
Excelente desfecho:
"tudo é nada
comparado a viver".
Beijo, Felipe!
Nasce um sonetista!...
Felipe, acertou em cheio nesse poema! Muito bacana!(2)
e seria um soneto? me pareceu um tanto quanto desanimado e desgostoso de viver o caos.
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