A alma dela é um caixão
Bacanal de vermes
Necrochorume escorre ao rosto
Expondo ao mundo sua podridão
A curvatura de suas pernas
para o ópio do homem é residência
Elevando o flácido ao rígido
Testosterona em evidência
“- Mais uma rodada, pago pra quem quiser!"
Grita o tio pançudo aos clientes da zona
Lá vem um natunobilis na garrafa de chivas
Assim como necrose em forma de mulher
Tomo a ultima cerveja da consumação
Superfaturada !
Avessa ao sexo ali praticado
Uma lata por cincão !?
Quanto vale a liberdade ?
Naquele instante
o tio pançudo oferece à puta :
"- O livre arbítrio por duzentão ?"
18 comentários:
A liberdade as vezes não é escolhida. Mais valem as amarras da servidão... Adorei!
Tema áspero.
Um adendo apenas,
bem feminino:
só há essa
"necrose em forma de mulher",
porque há
vermes em forma de homens.
Um abraço, Tomaz!
Carol, muito prazer
Adorei sua parcipação aqui! Volte mais vezes e conheça o http://infernolirico.blogspot.com
Renata
O adendo feminino citado faz sentido, sem dúvida. Mas não credito somente a questão homem x mulher esta necrose recheada de vermes, e sim ao comportamento do ser humano própriamente dito, ganancioso e com tendências imperialistas por natureza.
Com relação a teu abraço, respondo-te com outro ;)
Liberdade em si, para si, para todos; gênio, comportamento do ser (motivo de espanto)..
Acredito que retirei de tuas palavras bem estas que afirmei logo acima, a liberdade do ser humano que já ultrapassa os limites de seu próprio reconhecimento e se torna vulnerável a outro tipo de "liberdade"!!
Instigante poema, Tomaz !!! Gostei demais. Agora falo como zoólogo: prostituição (sexo por dinheiro = sexo por recursos vitais) é comum entre os animais, desde nossos parentes bem longíncuos (insetos e outros mais longíncuos ainda). É muito comum, assim como a cafetinagem, o parasitismo, o oportunismo, etc. Tudo isso é muito natural lá "naquele reino".
A moralidade é humana, com origens mais antigas que na espécie humana (outros primatas tb têm, de forma mais rudimentar). A atribuição de valores conceituais e o preconceito também é nosso.
A Renata chiou porque tem senso crítico (que também é nosso). Não podemos nos livrar do fardo da moralidade porque, se ela é pesada, ela também atua como mecanismo de coesão grupal (nas tribos, nas associações, nos grupos religiosos, entre indivíduos do mesmo sexo- isso é terrível- etc etc). Portanto, vamos converter essa nossa carga de atavismo em poesia. Acho que é tudo o que podemos fazer.
É complicado ser humano...
↓
por um MERETRIZ escapei dela...
Abraços!
Força de sempre - e sem direito a relatório de impacto!
EVOÉ!
Tinha que ser seu esse poema, Tomaz!
Forte, belo e cheio de verdades nuas.
Muito bom!
Beijos
Mirse
Quanto vale a liberdade?
Quanto vale a liberdade?
Uma porrada!
Puro Kerouac, dá prá sentir o cheiro do Jack Daniel's.
Como disse o Nolli: "uma porrada!"
Ton
Pessoal, fico muito feliz ao ler os comentários de vocês. Muito da hora toda esta interação entre porrada, jack daniels, música do Cólera, trocadilho sem direito a relatório de de impacto, análise de cunho biologico e interpretação da liberdade.
Os comentários foram além do poema, já valeu meu dia ler isso daqui...
Grande abraço a todos
Bukowskiano.
Putz !...
haja jack daniels...
bom pacas !
Fuderoso.
sem comentários...
Oq seria de Maria?
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