quando as palavras cansam
(e elas sempre cansam)
olho pela janela
e vejo
um fusca azul
numa moldura azul
pinta uma lembrança
ao sul
do meu tempo cru
quando as palavras cansam
(e elas já cansaram)
abro a janela
e mando
todo o mundo passear
no meu fusca azul.
11 comentários:
[este o mundo, este o mar de sargaços que se pensa sólido e afoga!]
um imenso abraço
Leonardo B.
Lindo Tião. Um fusca azul, uma moldura azul, palavras azuis para um coração não tão azul assim...
Tudo azul por aqui!
Quando as palavras
- e todo o resto -
cansam,
abro a janela
e mando
todo mundo o mundo passear!
Você emprestaria
até o fusca! (risos)
um lindo poema azul. beijo.
Demais, Tião !!
Fusca Azul Turbinado !
Lírico.
Hehe, que pira, Tião.
Tenho uma brisa parecida, mas é invertida. Acontece ao entardecer, e não é tão raro. A luz da lâmpada incandescente forma uma moldura laranja no ar azulado do pôr-do-sol citadino (o ar matinal também é assim).
Já o fusca é eventual, o que é uma pena.
Hahaha.
Muito bom Tião. Lirismo brejeiro, que só vc faz.
Obrigado gente. Esse poema foi feito meio na corrida, no laboratório da Facha Méier, correndo pra um almoço de Natal. É muita sacanagem minha isso, porque a foto da Cris é maravilhosa e merecia algo muito melhor. Mas porra, amigo entende essas coisas. E quem me conhece sabe que sou enrolado mesmo, tava prometendo pra ela esse poema a uma caralhada de tempo. Então saiu assim. Que seja.
Perdão Cris.
Beijos a todos.
a foto mata !
com o poema
fiquei azul
matou...morri !
(valeu a caralhada de tempo...)
Toda viagem deve ser azul, todo tempo...as lembranças dos fuscas e dos céus e terra boa
Parabens. Poema primoroso.
abs
Cintia Thomé
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