sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O Poema

Dia desses...
na pausa de todo o caos
e do meu viver concreto
li teu poema predileto.
No silêncio em revés
lembrei-me de teus pés
sob tua saia rodada...
E diante do nada
cerrei meu olhar.

Renúncia...
vício maldito!
Tornei mudo o meu grito
e no dito pelo não dito
sigo acorrentado...
Pelo pranto abafado...
e pela tua risada
até hoje calada...

Onde andas menina?
Diante dessa sina
do silêncio vil,
meu olhar quase senil
se refugia... absorto...
E ante ao poema morto
construo outras linhas...
que não são mais tuas
mas tampouco são minhas...

3 comentários:

TON disse...

Os versos soam como notas musicais.

Renata de Aragão Lopes disse...

Gostei!

Joe_Brazuca disse...

é música mesmo...

poetou e tb gostei !