sábado, 7 de novembro de 2009

transfiguração

degolado
o poema (confidente útil)
aos pedaços exposto
no passeio público
:
palavras dilaceradas
versos interrompidos
entre tantos olhares
inconfidentes

na manhã recomposta (a quebra do feitiço)
sí la ba sí la ba
o poema se refaz
ordenado pela lembrança
: revolucionária experiência
dos que perceberam (clara-mente)
o real valor
dos signos
na subversão da memória

13 comentários:

rogerio santos disse...

um poema prega nos olhos de quem o lê.
- construção, desconstrução, signo, subversão, (sub)verso.
e a poesia prossegue
tatuadora de essências.

Alda Inácio disse...

Linda demais a proposta mas desatualizada, falta colocar link para "seguidores" caso contrário parece blog morto.
Desculpe a franqueza.
Quero seguir.

Grande abraço
Alda

Victor Meira disse...

É, a poesia TEM que pregar. Labasí-basíla! A experiência doida da reconstituição, da ressurreição poética!

Boa, Sidão!

Só não gosto tanto de um detalhezinho nela, que é o parêntese do "clara-mente". O significado é claro, mas eu acho que é uma espertezazinha poética, acho um pouco bobo.

Mas não se ofenda, mano, só digo pra construir.

Um abração!

Victor Meira disse...

Só pra reiterar: não é o parêntese em si que eu estranho, mas o "clara-mente" mesmo.

Haha, é isso.

tenorio disse...

Sidnei, que poema sensacional, meu caro! Rapaz, na linha do

si la ba si la ba

eu dei uma afastada do monitor, e vi direitinho as palavras espalhadas e depois uma força misteriosa agregando-as, como se vc tivesse colocado alguma animação nesse trecho, como se fosse efeito especial!

Bom demais!!

Mas tenho que concordar com o Victor Meira, o clara-mente atrapalhou um pouco o meu fluxo de leitura. Mas enfim, tem que fazer mais sentido pra vc do que pra mim!

Novamente, muito bom! Um dos meus preferidos dessas últimas safras.

Benny Franklin disse...

Caro Rafael: clara mente poética!
Valeu!

Benny Franklin disse...

Ok! Desdigo o nome desse Rafael, o que citei anteriormente, e me refiro a Sidnei, o espetaculoso, o do poema transfigurado, Rs.

Sidnei Olivio disse...

Rogério: valeu amigo, até seus comentários são musicais.
Alda: vou encaminhar sua observação.
Victor e Tenório: obrigado pelos elogios e pela sugestão. Concordo com vcs, poetas bem maiores do q eu. Valeu.
Benny: espetáculo é a sua poesia, meu velho! Valeu.

Adriana Godoy disse...

Uma definição metapoética da poesia. Muito interessante. Parabéns. Bj

Joe_Brazuca disse...




subverteu-me
-
-
si

bica
mente !

mu_si_cal_só_mente...

Felipe Costa Marques disse...

poiésis purús

boa sidnei!

L. Rafael Nolli disse...

Disseram tudo, assino em baixo.
(exceto em relação ao clara-mente que não me pareceu fora do contexto - eu, particularmente, manteria.)

Assis de Mello disse...

Ótimo poema. Eu tb não mexeria em nada. Esse é o seu poema, Sidnei, e já passou pelo crivo da sua auto-crítica. Nada de retoques, botox, silicone, pó-de-arroz, mamoplastia... Você é poeta tarimbado e o poema tem personalidade própria.
Abraxas, Chico