O menino caminhava pela calçada.
A bola na mão era azul
Azul como o mundo
por onde o menino andava.
Na cabeça do menino
a bola azul era o mundo.
E ele caminhava com o cuidado
de quem traz nas mãos
a humanidade.
O mundo,
nas mãos do menino,
é livre.
Livre como seria qualquer mundo
nas mãos de meninos.
Parado na calçada
ele me sorri.
Ele me sorri e na verdade
me acorda.
E só então continua caminhando
com o mundo nas mãos.
8 comentários:
Ele te passou a bola...
Boa construção, BAR ONE!
(rsrs...goste do "bar one"...)
me fez lembrar última cena do "men in black" onde uma "criança extraterrena" guarda num saquinho de bolinhas, todo nosso universo em uma delas...e lá, dentro, tem várias !...
será ?
vai ver deus é um menino, esse mesmo que te acordou...vai ver...
bom !
Esse poema tem a simplicidade de um Caeiro, pela grandeza da sua sensibilidade.
Um simplicidade dificílima de se alcançar, Barone! Enxuto, tudo na medida exata. E ainda por cima, uma epifania de grande beleza!
e o menino continua..gostei, Barone, mutia delicadeza e lirismo. Bj
Maravilhoso!
Literalmente não ilusório. Singelo e belo como que escrito pelas mãos de um menino.
Barone: Poema de Prima!
Abçs!
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