domingo, 13 de setembro de 2009

morto, vivo


destruí todas as pontes
que cruzei
e cada tentativa de retorno
me lança ao fundo do despenhadeiro
a limar pedras
com o velho corpo

deveria me quedar quieto
chorando arrependimentos
no fundo escuro do cânion

mas toda manhã
tem seu encanto
e me retomo ao desespero

***
samuca santos
setembro, 2009

***
imagem aqui

10 comentários:

Hercília Fernandes disse...

[...]

"deveria me quedar quieto
chorando arrependimentos
no fundo escuro do cânion

mas toda manhã
tem seu encanto
e me retomo ao desespero".

Belíssimo poema, Samuca. Seus versos tocaram-me profundamente.

Muito apreciei. Parabéns!

Beijos :)
H.F.

L. Rafael Nolli disse...

Tem uma força poética muito intensa. Um belo poema, Samuca!

Felipe Costa Marques disse...

poésie pure

Victor Meira disse...

Que imagens bacanas, Samuca. Fiquei imaginando o cânion infinito, que nunca deixa de ter mais um abismo, por mais que você caia todos os dias.

Adriana Godoy disse...

Samuca, adoro seus poemas. Esse especialmente.
"mas toda manhã
tem seu encanto
e me retomo ao desespero".bom demais.Beijo.

tania não desista disse...

oi,samuca! sempre haverá a surpresa de um novo dia!...boas ou más...não importa!..não podemos perder a possibilidade de uma nova tentativa !...sempre!
bjo
taniamariza

Anônimo disse...

pessoas lindas,
vocês me fazem cair no pecado...
convencido? nem tanto...
tem mais um, de hoje, é o momento mundo cão do poeta.

brigadim a todo(a)s,
amo vocês
- a força é massa.

Anônimo disse...

sim!
o linque:
http://samucablogsantos.blogspot.com/
vão...

Barone disse...

Negrume.

cristinasiqueira disse...

oi Samuca,

O despencar no võo cego e depois
a manhã.O tecido do poema num sobe e desce ,um ir e voltar. E assim...

Belo,

Cris