outro dia
fui assaltado
sobressalto na rua
bandido pra todo lado
sub uzi no peito
aberto e acelerado
levaram dinheiro
cartões e documentos
abracei minha mulher
o carro saiu varado
os dois ali
parados
fui chamado de coroa
na boa
fiquei bolado
mas não há de ser nada
pensei
sou vacinado
vivo no rio
já vi de tudo
sou do ramo
tô liberado
atiro palavras
disparo teclado
não fode mané como é que é que esse corpo continua fechado?
10 comentários:
tião, vc disse, ficou bolado, bem bolado!
gostei!
boa tião !
abraços...
putz, tião:
3X4, preto&branco, cru e verdadeiro.
como se não bastasse muito lírico e de bom humor!
o dia começou legal com teu poema,
apesar da realidade cotidiana que o perpassa (ou por isso mesmo).
abçs
Bom demais!!
cinematográfico!
tragicomico!
Um pequeno panfletário!
boa tião!
"atiro palavras
disparo teclado"
Ai, Tião...
Só lamento imaginar
que isso é fato, realmente, ocorrido!
Também já fui assaltada no Rio
e, para não surtar,
saí, igualmente, atirando palavras
no teclado! (risos)
Gostei demais!
Beijo.
Amigos, o fato é verdade verdadeira e, de fato, quase virei peneira.
Mas o importante é que estamos aqui vivos e juntos. Obrigado pela preocupação! Abraços a todos!
Realidade nua e crua. Do susto, um belo poema. Abraço.
Despudorado, inventivo, cinematográfico. Brilhante, Tião!!
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