"O que preciso e quero é atordoar-me. [...] As sensações da espécie humana em peso, quero-as eu dentro de mim; seus bens, seus males mais atrozes, mais íntimos, se estranhem aqui onde à vontade a mente minha os abrace, os tateie; assim me torno eu próprio a humanidade e se ela ao cabo perdida for, me perderei com ela".
Fausto: Goethe
Alfred Gockel: Romance in red
I - Nego para melhor
dizer o que as mais
velhas, sisudas e gordas
carolas já estão roxas
de saber...
..............¡te estraño!
dizer o que as mais
velhas, sisudas e gordas
carolas já estão roxas
de saber...
..............¡te estraño!
II - Não falo de amor
posto ser invenção...
falo de estranhamento
perder o senso em vale
de contemplação
Falo de coisas insanas
e sanas também
Nudez em ondas movediças
eterna na brevidade
vai-e-vem
posto ser invenção...
falo de estranhamento
perder o senso em vale
de contemplação
Falo de coisas insanas
e sanas também
Nudez em ondas movediças
eterna na brevidade
vai-e-vem
III - Até que, enfim,
descansemos...
pois que os sinos batem,
em silêncio, os doces desarranjos
de nossa profana e tardia:
.............................................in fan ti li da de
descansemos...
pois que os sinos batem,
em silêncio, os doces desarranjos
de nossa profana e tardia:
.............................................in fan ti li da de
8 comentários:
inventiva ludovica extraordinária
congratulações infinitas!
Hercília! Que tratado sobre o amor - aquele amor possível e inventado pelos homens e suas limitações. Ótimo poema!
HF, uma beleza em todos os sentidos. Dá gosto ler um poema como esse. beijo.
belos textos Hercília, que se entrelaçam na temática do amor com suas peculiaridades. Seu versejar encanta ! Bj com minha admiração e carinho.
Felipe, Rafael, Adriana e Úrsula
muito agradeço as leituras e palavras expressas.
Um forte abraço,
H.F.
Bonito!
Poesia de invenção...
Priscila & Henrique,
grata pelas leituras e palavras.
Beijos :)
H.F.
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