quinta-feira, 24 de setembro de 2009

3 falácias de amor


"O que preciso e quero é atordoar-me. [...] As sensações da espécie humana em peso, quero-as eu dentro de mim; seus bens, seus males mais atrozes, mais íntimos, se estranhem aqui onde à vontade a mente minha os abrace, os tateie; assim me torno eu próprio a humanidade e se ela ao cabo perdida for, me perderei com ela".

Fausto: Goethe


Alfred Gockel: Romance in red


I - Nego para melhor
dizer o que as mais
velhas, sisudas e gordas
carolas já estão roxas
de saber...

..............¡te estraño!


II - Não falo de amor
posto ser invenção...
falo de estranhamento
perder o senso em vale
de contemplação

Falo de coisas insanas
e sanas também
Nudez em ondas movediças
eterna na brevidade
vai-e-vem


III - Até que, enfim,
descansemos...
pois que os sinos batem,
em silêncio, os doces desarranjos
de nossa profana e tardia:
.............................................in fan ti li da de


8 comentários:

Felipe Costa Marques disse...

inventiva ludovica extraordinária

congratulações infinitas!

L. Rafael Nolli disse...

Hercília! Que tratado sobre o amor - aquele amor possível e inventado pelos homens e suas limitações. Ótimo poema!

Adriana Godoy disse...

HF, uma beleza em todos os sentidos. Dá gosto ler um poema como esse. beijo.

Úrsula Avner disse...

belos textos Hercília, que se entrelaçam na temática do amor com suas peculiaridades. Seu versejar encanta ! Bj com minha admiração e carinho.

Hercília Fernandes disse...

Felipe, Rafael, Adriana e Úrsula

muito agradeço as leituras e palavras expressas.

Um forte abraço,

H.F.

Priscila Milanez disse...

Bonito!

BAR DO BARDO disse...

Poesia de invenção...

Hercília Fernandes disse...

Priscila & Henrique,

grata pelas leituras e palavras.

Beijos :)
H.F.