Vento
Peguei o lampião, auscultei a alma.
Marido dormia no sofá quando o vento veio.
Perfume de homem, com canela.
Entrou pelas narinas, percorreu o ventre.
Abri porta, pernas, montei no seu cavalo de cheiros, me perdi.
Quando voltei, marido se acordou.
- Você está diferente.
- Bestagem. Dorme.
No meio das pernas latejava, borboleta negra da lembrança.
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14 comentários:
Cara Helena,
que versos são esses?
Fortes!
Intrigantes.
Um beijo.
Lirismo à flor d'alma feminina...
Maravilha, Helena !
é assim que se sente
é assim qeu se diz como sente...
bj
Joe
Helena, surpreendente! Um belo poema.
Bom demais, Helena. Desses que fazem arrepiar a pele, a alma e "tudos"... como diz a me-Nina Ri-se.
Amei imensamente!
Beijos :)
H.F.
Amei...muito surpreendente mesmo. bj
é, a crisálida dá borboleta...se trans-forma
muito bom !
Taí um poema desses que caem na pele como parafina derretida.
Sensual, libertário e bem escrito. Amei.
Chico
melhor impossivel!
Obrigada Renata, Bardo, Brazuca, Nolli, Hercilia, as duas Adrianas, Rogerio, Chico e Audemir pelos elogios a esta paixão inusitada.
Valeu!
abração,
Helena
Êita! Ventania, sô!
Excelente poema Helena.
"Abri porta, pernas, montei no seu cavalo de cheiros, me perdi."
Erotismo natural e elegante.
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