segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Poema # 1
A um toque das mãos ter as pessoas,
ver nossa vida em suas vidas continuada.
Pioneiras que antes de todos foram ao fundo
e dele regressaram com avisos, precauções.
A um toque das mãos ter as pessoas,
ser feliz com elas enquanto transitam –
estendendo a fronteira de nossa alegria
às ruas onde não eram aceitos os nossos passos.
A um toque, para o bem ou para o mal –
ter algo quebrado quando se embrutecem,
ser ferido quando se atracam,
quando se estilhaçam, ter algo partido.
A um toque das mãos ter as pessoas,
poder viver nelas o que não nos foi possível –
em seus pulmões o ar que nos foi recusado.
Seus sonhos e os nossos em uma mesma sala.
A um toque das mãos ter as pessoas,
ver nossa vida em suas vidas continuada.
(do livro comerciais de metralhadora)
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nolli
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7 comentários:
Rafael,
a um toque de mãos, ou melhor de dedos, vim expressar o quão belo é o seu poema. Muito apreciei, poeta!
Beijos :)
H.F.
dá-lhe que dá-lhe, rafa!
texto expressivo, muito.
abçs
Beleza, Rafael...dá pra sentir esse toque..beijo.
So good!
muito bom,rafael!
um toque de mãos...pode ser o que precisamos!
bjo
taniamariza
Bonito, Nolli!
Lembrou-me o trecho
de um poema meu,
"Um cadim",
já publicado no doce de lira:
"todo encontro
é interseção velada"
Um beijo.
Acho este poema memorável, estaria em qualquer antologia da nova poesia.
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