Nossa mente foi criada para devanear.
Todos os outros trabalhos são inúteis sobrecargas.
Devaneie e verá sua mente em estado natural.
É o mais próximo de voar que temos à nossa disposição.
Volto para qualquer Pasárgada,
Com infinito carinho e nenhuma bagagem.
Ignorando que todas as estradas levariam à Damasco.
Dispenso pastores da noite, gárgulas e profetas.
Como vigias,
Confio nas quimeras recém-chegadas.
Frutos do meu alheamento voluntário.
Alumbramento que verte mel.
Morfeu me parece humilhado,
Esperando meu cansaço e a cerração.
O rio Letes e o Espelho de Narciso
São afluentes do fosso do meu castelo.
Construído no ar,
Para muito além da Espanha.
Para onde vou,
Nem a imaginária namorada me segue.
Agora,
Fantasia de um outro alguém.
10 comentários:
No final, lembrei de um sambinha do Chico:
"Atrás de um homem triste há sempre uma mulher feliz. E atrás dessa mulher, mil homens sempre tão gentis..."
E de devaneio em devaneio, às vezes se cria um poema tão belo como esse. Gostei muito. Beijo.
Que lindo, Audemir.
ADOREI o seu poema, Audemir.
Segui-lo-ei à risca.
Arriscar-me-ei na sestreza.
Parabéns!
Poema-lição.
Excelente!
oi,audemir! amei seu devanear!...
estamos em sintonia poética!
ontem, postei... sobre o livre pensar dos devaneios... no"tanianaodesista".
como estou em viagem,retirei os comentários...mas ,pode ir lá, no blog . continuarei visitando vocês poetas , sempre ,que possível.. dps.volto! bjos
taniamariza
poesia boa desse site. a ideia é maravilhosa: poema dia. A colagem do titulo é linda.
convido vocês para visitarem o blog que estou inaugurando, de poesia e arte tecnológica.
http://amaquinadaspalavras.blogspot.com/
abraços
Jorge Santos
Excelente!
Muito bom!
beijos
k
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