Querem a paz desalentada em vez do meu desassossego vivaz,
A coerência vantajosa no lugar das contradições sinceras,
O silêncio comedido no espaço de indagações discordantes,
O raciocínio lógico substituto da emoção intensa,
O riso falso adulterando lágrimas sem disfarce.
Eu quero o que inteiramente sou.
Sem julgamento, discriminação,
Cobrança, exigências,
Incompreensão.
Mas é difícil, a todos, amar o que posso ser
No infinito das minhas inconveniências.
Então, me resulto só e sem explicações a dar.
O avesso de mim é a essência que não é aceita
E que, talvez, seja o belo que ninguém ainda descobriu.
Vera Pinheiro
5 comentários:
Meu amigo!
Tem um presente muito especial na Cruriosa e no Blog Uma interação de amigos. Passe lá e pegue. Principalmente o seu chapeu de seguidor.
com muito carinho
Sandra
Olá, Vera!
Lembrou-me da oração do Chiquinho de Assis.
Gostei do texto!
- Henrique Pimenta
Grande poema!
Amados Henrique e Benny, obrigada de coração. Meu carinho para vocês.
É tão bom falar do avesso!
Lugar que até nós pouco conhecemos.
Um beijo, Vera!
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