segunda-feira, 6 de julho de 2009

BATISMO

Coloca-te sob a cachoeira.
Inclina a cabeça para o lado.
Deixa a água do banho varrer,
ocultar toda palavra
e ouve a tempestade...

Formar-se-ão trovões e chuvas
que serão teu descanso
e teu único pensar .

Inclina agora a cabeça para o outro lado.
Escuta a garoa...
Inunda-te.
Não emerge-te agora.
Mergulha ainda um pouco.

Acalma-te de ti.
Recomeça.

6 comentários:

Adriana Riess Karnal disse...

poema naturalístico, gostei.

Adriana Godoy disse...

Muito lindo. Gostei também.

Cosmunicando disse...

lindo demais... se me permite vou guardar no Literapura.

Sidnei Olivio disse...

Gostei imensamente! Desde o título até a última sílaba que remete ao ínício. Demais, Débora. Bj.

Débora Tavares disse...

Obrigada. Beijo e carinho.

Anônimo disse...

não