segunda-feira, 6 de julho de 2009

balé do tempo



Hora passa
tic-tac
é ouriço-cacheiro
do tempo.

(coração batendo)
É vida?
E me escapa
O árido balé da morte.

É pelo vão dos dedos,
através do chão dos passos.
Coragem é cavalo de carruagem.

Eu sou pássaro do fogo.
Recordo-me a certeza do sangue:
viver é mais que batimentos cardíacos.

7 comentários:

Renata de Aragão Lopes disse...

O sangue circula, flui...

Victor Meira disse...

Coisa bia, Flávia... "O árido balé da morte" é lindo!

Victor Meira disse...

*Opa, "coisa boa".

Sidnei Olivio disse...

Metáforas e onomatopéias num poema muiiiiito legal. O último verso me causou inveja. Bj.

Felipe Costa Marques disse...

Um texto sem intervalos ou e duração,

venoso e dançante !

Muito Bom

Felipe Costa Marques disse...

Sonetoso !

tenório disse...

GENIAL. Memorável.