sábado, 6 de junho de 2009

Qualquer Palavra



minha língua em tua língua
minha poesia em tua prosa
com toda a fúria dos tormentos
que só clamam pela cala

quando te encontrar, minha cara
será numa justa prisão
e não haverá qualquer palavra
que aplaque tal linguagem

nem mesmo as tatuadas
por tua nossa epiderme
pichações em crua carne
onde saudade dá de sal

nenhuma outra frase ou artimanha
precisará ser inventada
e nosso silêncio será pleno
livre das armadilhas da fala

/

4 comentários:

Tião Martins disse...

O amor está no ar... rs!

Abraço, grande Rogério!

Adriana Riess Karnal disse...

Rogério,
Já tinha lido no seu blog, mas continuo achando demais!

Hercília Fernandes disse...

"quando te encontrar, minha cara
será numa justa prisão
e não haverá qualquer palavra
que aplaque tal linguagem"

Sem palavras, Rogério.
Seus versos fizeram-me perder o fôlego... Gostei muito!

Beijos :)
H.F.

Barone disse...

Gostei Rogério.