minha língua em tua língua
minha poesia em tua prosa
com toda a fúria dos tormentos
que só clamam pela cala
quando te encontrar, minha cara
será numa justa prisão
e não haverá qualquer palavra
que aplaque tal linguagem
nem mesmo as tatuadas
por tua nossa epiderme
pichações em crua carne
onde saudade dá de sal
nenhuma outra frase ou artimanha
precisará ser inventada
e nosso silêncio será pleno
livre das armadilhas da fala
/
4 comentários:
O amor está no ar... rs!
Abraço, grande Rogério!
Rogério,
Já tinha lido no seu blog, mas continuo achando demais!
"quando te encontrar, minha cara
será numa justa prisão
e não haverá qualquer palavra
que aplaque tal linguagem"
Sem palavras, Rogério.
Seus versos fizeram-me perder o fôlego... Gostei muito!
Beijos :)
H.F.
Gostei Rogério.
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