segunda-feira, 1 de junho de 2009

Poesia

Vesti minha pressa
E olhei a vida correndo pela janela
Emoldurada de pernas e olhos
Se afastando pela esquina
Enquanto formava em minha boca
Uma palavra morta

Despi-me de nexo
E alcancei a porta que se abria
Amodorrada de cansaço e ferrolhos
Me aprisionando como imã
Enquanto lembrava em tua face
Um poema em prosa

Na esquina de minh´alma
Agarrei o porvir com unhas e dentes
Com gana de louco
Os olhos nas órbitas
A eclodir

E assim
Vestido de raio
Nu de mim

Me perdi

14 comentários:

Rúbida Rosa disse...

Maravilhosa é a vida!
Bjos poéticos!

VERA PINHEIRO disse...

Que bonito... e que forte!

Audemir Leuzinger disse...

grande barone!!!!
coisa forte esse poema.
uma urgencia fascinante.

Guto Leite disse...

Gostei muito, Barone, poesia de não verbo. Grande abraço

Francisco Coimbra disse...

Bela evocação das palavras, de mortas lhes dar vida!

Adriana Godoy disse...

"Na esquina de minh´alma
Agarrei o porvir com unhas e dentes
Com gana de louco"

Barone, o poema inteiro bom, mas esses versos...bom demais. Bj

BAR DO BARDO disse...

barone (vremeio)

poema com arestas cubistas e inegavelmente bem produzido

parabéns!

Sidnei Olivio disse...

Repito o Francisco. Parabéns.

Benny Franklin disse...

Valeu, Barone!

Barone disse...

Obrigado pessoal.

tania não desista disse...

cada imagem tão interessante,barone! essa vida ligeira demais ...nos deixa assim!
muito bom!
taniamariza

Beatriz disse...

Vestido depressa;)) despido de nexo agarra o futuro feito um louco e doppo se perde, Barone?
Ah, que pena. Mas, o poema tá massa!

Beatriz disse...

tô muito atrasada aqui nos comentários. Desculpe! Prometo melhorar.

tenório disse...

Grande Barone, seus poemas têm sempre um sabor.