Vesti minha pressa
E olhei a vida correndo pela janela
Emoldurada de pernas e olhos
Se afastando pela esquina
Enquanto formava em minha boca
Uma palavra morta
Despi-me de nexo
E alcancei a porta que se abria
Amodorrada de cansaço e ferrolhos
Me aprisionando como imã
Enquanto lembrava em tua face
Um poema em prosa
Na esquina de minh´alma
Agarrei o porvir com unhas e dentes
Com gana de louco
Os olhos nas órbitas
A eclodir
E assim
Vestido de raio
Nu de mim
Me perdi
14 comentários:
Maravilhosa é a vida!
Bjos poéticos!
Que bonito... e que forte!
grande barone!!!!
coisa forte esse poema.
uma urgencia fascinante.
Gostei muito, Barone, poesia de não verbo. Grande abraço
Bela evocação das palavras, de mortas lhes dar vida!
"Na esquina de minh´alma
Agarrei o porvir com unhas e dentes
Com gana de louco"
Barone, o poema inteiro bom, mas esses versos...bom demais. Bj
barone (vremeio)
poema com arestas cubistas e inegavelmente bem produzido
parabéns!
Repito o Francisco. Parabéns.
Valeu, Barone!
Obrigado pessoal.
cada imagem tão interessante,barone! essa vida ligeira demais ...nos deixa assim!
muito bom!
taniamariza
Vestido depressa;)) despido de nexo agarra o futuro feito um louco e doppo se perde, Barone?
Ah, que pena. Mas, o poema tá massa!
tô muito atrasada aqui nos comentários. Desculpe! Prometo melhorar.
Grande Barone, seus poemas têm sempre um sabor.
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