Ela, envolta de longos cílios
um topo negro vestido de lágrimas
Ele, constituído, todo em gala
cabeça fulgente em peito robusto, armado
Entre o juiz sagrado
esparramado e etéreo,
um fluido tácito ungindo e velando a união
A moça engatilha o canhão do macho
Ele dispara a eternidade dela
quanto mais velha, mais se avoluma seu vestido
e o velho não muda muito
Desse casamento, ela vira uma mestra
e ele só enferruja e envelhece
mas quem morre primeiro é a moça
Todo o amor feito pelos dois fica vivo
e o velho ainda vai ter com outras.
8 comentários:
Oi linda! obrigada pela sua vizitinha no meu blog, amei o seu cantinho! bj*
Oláa, gostei do seu blog e decide deixar minha marca!
Venha deixar seu brilho no meu glamour dos sentimentos e embeleze sua alma nesse dia!
=)
Tenha um lindO diA!
Excelente Victor, excelente!
corrigindo
Quanta imaginação, Victor. E os versos belinhos, singelos:=)
Agora, vem cá. São amigas suas ou são os tais spammers?
Sinceramente um poema muito sedutor - a "história" nos pega, o desenvolvimento é preciso, rico em sugestões e imagens. Gostei, Victor!
Bom de ler, bom de sentir. Gostei muito. Bj
Gostei, mas é “uma bela” com senão. Eu conto o que não gostei, tentando dizer o porquê. Comecemos por este, no ponto que vou citar o sentido ia a voar e bateu no chão ou numa nuvem, não importa, tirou-me a atenção. Continuei até ao fim mas, mesmo no fim, é dessa desatenção que desenvolvo o comentário. Vou então citar: «Ele dispara a eternidade dela», cá para o meu entendimento ele disparava a eternidade dele e eu continuava feliz e contente disparado na boa da leitura, envolvente q.b. Ah, parabéns, acabo onde comecei (gostei)… Li teu comentário, valeu.
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