desisto do brilho dos astros, das cascatas de pedra
do céu etereamente louro.
vou por aí, sem dizer nada, aludindo com os olhos.
desisto de aferir a noite perdida, de procurar as rosas,
ouvir a carne,
de permanecer entre a dor e um abismo.
se vires, meu amor, o silêncio levar a água aos gerânios
será a minha sede morta, ou viva.
mariagomes
2 de Fev.2006
in Isla Negra ( edição de Amélia Pais e Gabriel Impaglione)
7 comentários:
Impactante, simplesmente impactante!
Gostei muito do poema, em especial do primeiro verso e do verso "desisto de aferir a noite de perdida", como se a desistência em si perdesse a noite... Muito bonito! Grande abraço
já disse que sou seu fã????
Profundo e belo!
Ah, Maria, não desista do brilho dos astros, das cascatas de pedra
nem do céu etereamente louro.
Belíssimo poema com gerânios verdes com flores de várias cores que sua sede alimentou.
Extremamente belo!
Um dos que li aqui que me fez lágrima.
Excelente...nem sei dizer.ab
cintia thome
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