Sarjeta em cacho.
O olhar vaga em circulo,
em oração.
(Que nem...)
Branca argamassa
que parida fode o ouro
e acentua o poema.
(Que nem...)
Turva aparência
que trôpega trafega
a ermo.
(Que nem...)
Ávida penumbra
que escora a boca de um pé
— o esterco —
e jamais a ausência,
a façanha da foice.
Poema de ontem.
O poeta resmunga em pêndulo,
em nada.
© Benny FranklinSobre a obra:
Pseudo-poema que usa frauda e patina a seu modo.
Fotografia:
Gentilmente cedida por "NãoSouEuéaOutra".
Pseudônimo da Artista Plástica "Maria Hernandez".
Lisboa-Portugal
17 comentários:
mais um benny de responsa. adorei.
Orgânico poema, com seus elementos metafóricos... Muito interessante, dá a sensação de estar preso a um quê que não depende de você.
Parabéns aos dois, o poema e à fotografia maravilhosa.
abraços
Cristiano Melo
GOSTEI DE SEU BLOG PARABENS QUANDO DER VISITE O MEU WWW.PALAVRASARTEBLABLABLA.BLOGSPOT.COM
"O olhar vaga em círculo,
em oração."
"O poeta resmunga em pêndulo,
em nada."
Gostei demais!
Adorei seu blog...
e o poema tbm bjão
Benny, esse foi com o pé direito!
Poema foice façanha de ontem
e o pêndulo se movimenta com as palavras...bom demais. Beijo.
"Pseudo-poema", poeta? Que nada! Poemaço! Fiquei ainda digerindo dois versos ("e jamais a ausência / a façanha da foice"), mas os demais me pareceram feitos pra estar ali. Grande abraço e efusivos parabéns pelo poema!
Gostei Benny.
Poemaço.
bate pronta
e depois
bate de letra
você hoje
foi de uma sutileza:
"o poeta resmunga em pêndulo,
em nada"
de prima
meu caríssimo
muito bom mesmo, já disseram.
Caro parceiro de dia, as imagens, as figuras, o estilo… aparência turva (“turva aparência”) entranhando a estranheza, até um final bem conseguido sobre a posição tomada… «O poeta resmunga em pêndulo,/ em nada.»
Turva aparência
que trôpega trafega
a ermo.
(Que nem...)
Ávida penumbra
que escora a boca de um pé
— o esterco —
O poeta é impedido por vezes ir, , mas volta e tenta...
OSHF
"Ecce Benny !"
grande Poeta de pseudo-meta-poemas !
abs
Joe
Postar um comentário