devotei-me à traiçãoe amo-te em mosaicos conflitantes
resisto ao seu querer
e persisto dissociada
em dúvidas e orgias ficcionais
extremos passionais
soul-te inteira
sem limites tênues
errante e impulsiva
idealizo tudo
a crença utópica
do endeusar pagão
dilacero-te e peço-te
não me deixe morrer só!
8 comentários:
as palavras e o conflito:
como traduzí-los ?
é sempre impossível saber...
deu um lindo poema
beijos
Rogerio
É muito feminino. É um pouco cruel também. Hm... ali onde os dois convergem, acho.
Não gosto muito de "soul-te", mas adoro "idealizo tudo / a crença utópica / do endeusar pagão". É lindo.
Viva!
Beijó, Larissa!
Assino embaixo das palavras do amigo, embora goste mais de "soul-te". É muito feminino, estridente, de muito dentro para fora. Viva!
Poema que traz uma dualidade não necessariamente feminina, visceral. Bonito.
Como o Meira, não gosto do "soul-te". Vejo esses neologismos poéticos, ou seja lá que nome se dê, um pouco netos do poema concreto com gosto de requentado. Não diria que é o caso da Larissa por não conhecer mais sua poesia, mas há muita gente que usa desse expediente achando que está fazendo vanguarda quando, na verdade, está reinventando a roda.
pois esse soul-te, não foi encontrado em nenhuma busca do google, se não fui eu quem inventou, não conheço de quem copiei, kkkkkk.
grata por todos os comentários!
para quem quiser conhecer minha obra há muitas fontes!
PS.: e tenho 3 livros publicados, se interessar a alguém.
Eu acompanho a Larissa como leitor há um bom tempo. É sempre corajosa e inventiva: é bom que o "soul-te" crie, fomente, propície discussão, pois os versos mais passivos sempre passão em branco por aqui e pela blogosfera como um todo. Coragem de fazer um poema de amor e de dor mesclados, de confusão e clareza sentimental - em uma dicotomia inteligente e interessante. É isso: muito bom!
Nolli,
vindo assim de quem veio, conhecendo você e sua verve, tirou-me o sono dessa noite (é muita responsabilidade receber um elogio desse).
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