imagem: www.poisonheart.blogs.sapo.pt
Cinza o céu,
cinzenta a paisagem,
cinzeiros a meu lado.
Cicatrizes na pele
cicatrizam antigas dores,
das quais eu sequer lembrava.
E essa vida segue...
Subindo morros sossegados,
sabotando sambas,
saboreando gostos sórdidos,
sobrando vontades,
escasseando o tempo.
(...)
Sempre soube que assim seria:
que socorreria a mim mesmo
sob o sol de um dia cinza, assim.
E com essa sina que me persegue,
a surrupiar meus vitais sinais
sem cessar.
Sem cessar.
4 comentários:
Tem um peso morno, Diego. A aliteração é um recurso meio cinza. Passa igualdade nos padrões, que refletem o ambiente citadino de céu prateado e mesmices eternas.
Gosto da poesia.
Abraço!
Gosto do recurso sibilante, que parece um sussurro, um sopro, um assobio de versos. Um abraço.
"Sempre soube que assim seria:
que socorreria a mim mesmo
sob o sol de um dia cinza"...
Trago, comigo, essa sensação.
Seu poema tocou-me profundamente.
Beijos :)
H.F.
palavras que não cessam
emoções que surgem
abraços
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