quando isso acontece
e é isto
faz do poema uma arte superior
a qualquer outra querendo
conceber o todo
um sentido se faz sentimento dando
uma achega a chegar
aqui agora I
partir indo para a viagem começada
com uma bagagem recheada
de miragens feitas
olhos abertos sobre cada infinito
que fito no inicio de cada
novo verso feito
com a certeza de ser este ainda
o enunciado mais certo
para anunciar 1
descobrir da descoberta tão certa
como o dois mais dois
de cada um
mais um ainda ser o dois que só
depois será mais dois
o quatro num
equilíbrio capaz de comprovar
à saciedade a sobriedade
da condução tida
(I agora dita acabada 1... completo!)
8 comentários:
Brilhante!, Francisco. Só alguém tão erudito para descobrir um caminho assim. Completo.
Código linguístico em versos soltos e seguros por lógica livre. .
Este blog é um completo poema!
Parabéns! É tudo muito lindo!
Voltarei sempre!
Um abração!
Pedro Antônio - A TORRE MÁGICA - www.atorremagica.blogspot.com
Seu quebra-cabeça tem uma beleza matemática, Francisco. Acho interessante.
Entretanto, as quebras dos versos não me convenceram. Ao invés de estabelecerem um ritmo, tive a impressão de que elas partem as idéias de um jeito um pouco grosseiro.
A forma serrilhada do poema é bem bacana, e a defesa que se faz do conflito que se propõe no quarto verso é bem conduzida pelo corpo. De fato, é uma defesa subjetiva, mas cheia de beleza.
Me diz uma coisa: o "I" e o "1" são marcações? Falha minha, não saquei o código.
Um abração, Fransisco.
Caro Sidnei Olívio,
Destaco essa alegria/energia no comentar, apontando a erudição como caminho para evoluir na leitura duma poesia, procurando-a como totalidade. Completo; obrigado!
Cara Compulsão Diária,
Uma das almas deste blog colectivo! Tentarei ir ao “código linguístico”, levado por uma “lógica livre” :)…
Caro Pedro António,
Gosto em ser eu a receber um comentário que é dedicado a todos, grato pela visita!
Caro Victor Meira,
O comentário recebido presta-se a permitir reflectir sobre a poética presente no poema, não deixarei de aproveitar a ocasião. Começando pelas “quebras dos versos”: é um poema desenvolvido em tercetos sem os destacar do corpo único do poema, talvez relendo obtenha esta leitura:
I PARTIR/ 1 DESCOBRIR
saber como sabemos o que sentimos/ quando isso acontece/ e é isto/
faz do poema uma arte superior/ a qualquer outra querendo/ conceber o todo/
um sentido se faz sentimento dando/ uma achega a chegar/ aqui agora I/
partir indo para a viagem começada/ com uma bagagem recheada/ de miragens feitas/
olhos abertos sobre cada infinito/ que fito no inicio de cada/ novo verso feito/
com a certeza de ser este ainda/ o enunciado mais certo/ para anunciar 1/
descobrir da descoberta tão certa/ como o dois mais dois/ de cada um/
mais um ainda ser o dois que só/ depois será mais dois/ o quatro num/
equilíbrio capaz de comprovar/ à saciedade a sobriedade/ da condução tida
(I agora dita acabada 1... completo!)
O meu obrigado e agradecimento a todos!
Francisco, um poema bem elaborado que encanta pelo ritmo e pela descoberta de sentimentos que se dá ao longo da leitura. Parabéns.
Cara Adriana Godoy,
Muito bom ter o comentário de quem lê Poesia com poesia mas também procurando e interrogando a arte poética do poema.
Beneficiando da presença da leitura, desenvolvi, aqui:
http://www.sobresites.com/poesia/forum/viewtopic.php?p=34106#34106
Grande abraço!!
__________________________________
Bem... O seu poema pode nos conduzir por mais de um caminho...
Fica solto para interpretações várias...
Você tem um talento especial com as palavras, Francisco! Gosto de le-lo.
Beijos de luz e o meu carinho!
________________________________
Postar um comentário