sexta-feira, 20 de março de 2009

vanguarda

ando integralmente ignorante
assumo - me absolutamente reacionário
pegando carona de van nesse itinerário
assumindo o risco inquietante

do acidente tornar - me temerário
aprendi com Davi a derrubar o gigante
colocar a bola na cabeça do Romário
vencendo o zagueiro o brilhante atacante

quanto perdemos do salário
na vã procura por tema tocante
quebrando as regras de nosso correligionário

esticando a artéria como fino barbante
para encarar o espelho e gritar: deixe de ser otário
literatura não é ciência para iniciante.

3 comentários:

Márcia Maia disse...

Seja benvindíssimo aqui, meu poetamigo queridíssimo! E que belo poema de estréia.
Pena que não ficamos no mesmo dia senão podíamos, vez em quando, por uns poemas a dois, hein? ;)
Beijo-beijo.

rogerio santos disse...

Espetacular, grande pitada de bom humor.

Abraços
Rogerio Santos

Beatriz disse...

Flávio,
a vanguarda do reacionário. Belo poema, carinha de cordel. Um quê de desafio.
Adorável