Eu devia engolir a fala
do modo que engulo o choro
e o retenho com um nó na garganta
e outras linhas emaranhadas.
Mas a palavra me desata, me destorce
faca afiada me destrincha expondo trapos
desfia o alinhavo
da figura adquirida em banca de retalhos
mostra-me em cada laivo a artesania
dos adereços de rebotalhos
A isso que sou
...................boneca de sonho
........................................títere do som
não cabe reter a palavra que resvala.
Iriene Borges
6 comentários:
boneca de pano...bonito!
Oi Irene !
Ainda bem que vc não engoliu as palavras e desafiou a faca afiada para compartilhar conosco!
beijo
...............Cris Animal
Muito bem construido...
bjs
Excelente sonoridade, construção. Imagens da palavra e feitas com ela capazes de desatar fla e choro e o que mais estiver preso
" eu devia engolir a fala"!!!
Bonito poema! Os meus parabéns.
maria
Gostei iriene.
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