quinta-feira, 5 de março de 2009

Sermão da tarde aos homens!


Bem dito!
..................

Bendito o talo!
Por ser arqueado e bastardo ejacula o vinho;
por ser louco e disforme santifica o espinho;
por abranger todos os sacrifícios pendentes e por saber-se
crucifixado a uma masmorra de vento quase
abastece o âmago:
bendito!
Porque é dele a virgindade niquelada
que nunca se murcha de cansaço;
porque é dele o destino escorrido que se agarra incompleto
ao grude do sereno!
..................

Bendita a lágrima!
Por ser desbastada e inóspita anuncia o inesperado;
por caber e se entornar ao pranto reinventa o betume;
por cingir todas as tessituras do ato-falho da fala
e por espremer-se indecorosa dentro de uma bacia de orvalho
premedita o escândalo:
bendita!
Porque é dela a contextura tornada adúltera;
porque é dela a saliência menstruada que penetra o ar;
porque é dela o quefazer de uma enlameada lâmina de incisão
ao ermo do sereno!
..................

Bem dita!
..................

Bendita a dor sem odor,
porque ela verá a fêmea flor dos desesperados!
Bendito o cravo calcinado asfixiando o gás do desespero,
porque ele verá o principio ativo das línguas amordaçadas!
Bendita a chama decaindo para o sopro do desespero,
porque ela verá o vento póstumo das partidas!
Bendito o alimento azeitado na flama ronquidão do desespero,
porque ele verá o estômago pêco dos vencidos!
Bendita a palavra maquinada no suor afogueado do desespero,
porque ela verá o flúmen dos poetas!
..................

Não.
Não há volúpia que menos se afogue
e que aos mortos redivivos seja tão profundo...
Não há expiação que mais se defeque
e que aos poetas seja tão vago-mundo...
..................

Não.
Não há tessitura que mais se adule
e que aos solstícios seja tão aro-de-venta...
Não há ingenuidade que mais se pule
e que aos taciturnos seja tão virulenta...
..................

Bendito o que vem do talo!
Bendito o que escorre da lágrima!

32 comentários:

Assis de Mello disse...

Bendito, Benedetto Benny,
Que poema encorpado !!!
Muuuuito bom !!!

Adriana Godoy disse...

Bendito o seu poema! Repito as palavras de Assis Mello.

Anônimo disse...

Ei colega, com todo o respeito do mundo, tenho uma crítica a ti e a toda sua classe de poetas. Espero que não me levem a mal, pois sou somente um popular, e o sendo, posso ser útil. Não entendo: por que tudo que é encorpado e truncado recebe, de cara, o status de bom poema? Para falar com toda sinceridade, acho que por trás de tais signos elaborados, há uma total facilidade de feitura: quase como um jorro, uma catarse, uma terapia. Tipo, tudo que a mente inconsciente e abstrata ousar, escreva. Vejo mais valor numa letra do Chico Buarque ou num poema do Leminski. E sei que letras de música são tidas como menores pelos poetas de cátedra. O próprio Vinícius de Moraes, por alguns, foi taxado de poeta menor por fazer letras. Penso que prefiro esses que citei pois acho que, mais importante que a força imagética de um verso, é o mote. Com um pouco de ousadia digo que o que você escreveu é mais fácil do que: duas folhas na sandália/ o outono também quer andar. Ou: tarde de vento/ até as árvores querem vir pra dentro. Ou ainda: Na bagunça do teu coração/ meu sangue errou de veia e se perdeu. Vejo nesses, motes difíceis de serem sacados, uma idéia que não vem fácil... diferente do seu poema que, no final, ganha fama de genial. Desculpe pela crítica, mas é porque parece que hoje em dia, só poetas se leem! Nós, da massa, não conseguimos, talvez por limitação intelectual sei lá, entrar nesse mundo de vocês... Leio resenhas que ninguém lê poesia mais. Mas acho, perdão, que a culpa é um pouco de vocês.
Não julgo, porque nem o sei, o seu poema, sei do seu valor, mas ele não chega até aqui.

Benny Franklin disse...

Oi, Marcos!

Ao menos podia se identificar, nénão?

Bem. Agradeço. Pelo menos leste o poema-dejeto.

Agora: não é a feitura do poema um jorro, uma catarse, uma terapia?

a) Benny Franklin

Anônimo disse...

Bendito seja o debate,
sem embate
que não bate.

Não morde,
mas arde.
Não queima,
mas aquece,
não esquece.

Parabéns a este espaço
de letras e traços,
sem laços.

Helena disse...

Há poemas e poemas - poemas contidos e cotidianos como os do meu tio-avô Bandeira (que são difícilimos eu concordo embora aparentemente simples). Poemas catárticos e fortes, usando a palavra como AR 15. Os dois são bons desde que sejam bons. Esta é a única regra, Marcos.

E este é bom. Como a maioria dos poemas daqui ( o que é raro na web onde viceja a má poesia).

Helena

Fábio Terra disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fábio Terra disse...

Marcos invista na chatice!!! vai ser bom pra vc.

Tião Martins disse...

Embora não concorde com tudo que o Marcos disse (especialmente em relação ao poema comentado), acho que ele tem uma boa dose de razão no que escreveu sobre a postura da classe dos poetas.
Viva o debate. Ele mantem viva a poesia.

Anônimo disse...

Ei Benny! Tem identificação maior que meu nome? É isso, chamo-me Marcos, de Almeida. Você não me conhece e eu não tenho blog. Não quis ser grosseiro e por isso te peço desculpas. Sou limitado. Reli o seu texto várias vezes e mudei em parte minha opinião. É um texto cheio de recursos e caminhos, complexo, um pouco árduo pra mim, um mero dentista. Só mantenho que minha vontade era oposta: queria entender! Queria que todos aqui em casa (li em voz alta pra minha empregada, meu sobrinho, meu cunhado, minha esposa) tivessem entendido. O que quis dizer é, pra quem não está habituado, como vocês, fica difícil o deleite. E confirmei, pelos comentários aqui, que só os poetas se leem mesmo. Cara Helena, eu dei minha opinião, mas ninguém é dono da verdade, nem vc, ao afirmar que 'este é bom'. Este é bom pra vc. Ah, e Fábio Terra, vc acha Leminski ou Chico chatos? Fábio, não quero invistir na chatice não, isso que vcs poetas na defensiva não entendem; pelo contrário: tem coisa mais chata do que não entender????

Anônimo disse...

Escrevo poemas desde os meus 15 anos. Já lá se vão mais 33 anos.
Para ler, prefiro versos de Pessoa (grande vantagem!!!!) e Bandeira.
Gosto muito da forma como os letristas de música jogam com as palavras, embalando-as, juntando-as às melodias. Não há certificado ISO 9000 para acreditar o que é poesia e quem é poeta. Acho que nem a anacrônica academia de letras de atreveria à tanto. Há gostos, de quem escreve, de quem lê. De quem escreve e lê, e de quem não faz nada. Todo sistema fechado em si é fadado ao fim pela entropia.

Fábio Terra disse...

Marcos me desculpe mas se em cada besteira que vc escrevesse o Big Ben desse uma volta completa, Londres teria o maior ventilador do planeta Terra. Eu não acho Leminsk e nem Chico Buarque chatos só vc..... aliás esse seu discursso semiótico de orelha de livro é mais brega que soneto de amor, faça uma profilaxia nos seus comentários, para que a oclusão do seu pensamento fique simétrico em relação à sua falsa modéstia, caso contrário vc poderá receber um tratamento de Endodontia no seu cerébro, dói pensar não? Mas pense, caro ... caro .... homem da massa, (mas que tem título superior!! e de Dr também) você sabe de muita coisa, mas têm coisas que eu e outros aqui sabemos mais do que você.

Vá por mim insista na chatice e ganhe a atenção que você tanto quer.

Um abraço dental
FABIO TERRA
Ps.: entendeu ou foi muito complexo?

Anônimo disse...

Nossa, nem eu tenho tanto talento com o bisturi como vc tem com as palavras... Não entendi o motivo de tanta agressividade. Caro Fábio, sem falsa modéstia, eu não escrevi para ganhar atenção. Foi fruto de uma indagação real, depois que li em um artigo que os poetas estão se afastando dos seus leitores. Aliás, o ÚNICO que não teve paciência e tolerância para aceitar meu ponto de vista foi você, usando já no primeiro comentário uma frase agressiva e superficial. E agora, você simplesmente começou a me atacar, como se minha opinião fosse descartável e menor. Minha esposa, por exemplo, é atriz e sempre recebe críticas. Todos os setores, todos os profissionais estão sujeitos a isso. Mas o poeta, por esse grau de subjetividade, se protege numa casca como se não fosse passível de ser ruim. E acredite: um poema pode ser ruim. Acho um absurdo vc dizer que se em cada besteira que eu escrevesse o Big Ben daria uma volta completa bla bla bla; poxa, quem disse que é besteira?? Quem disse que você e os outros sabem mais do que eu? Quem te disse? Não concordo. O seu ataque foi de alguém que não sabe dialogar, nem receber críticas. Você sim, nem falsa modéstia tem, tem uma baita arrogância para me debochar e desmerecer qualquer coisa que não seja de acordo com seu ponto de vista. E agora digo o pior: sua atitude só confirmou a impressão que tenho dos poetas, fechados no seu umbigo e achando que aqui é lugar pra ficar se adulando mutuamente, que qualquer crítica é gente querendo atenção. Se eu fosse leviano, não tentaria ler e reler o poema. Como vc mesmo disse: pense, caro, pense. Está certo. Estou pensando (realmente não dói) e só posso dizer que, confirmando o que eu venho falando, essas palavras suas e todo esse debate é um evento muito mais vivo que muitos dos poemas postados aqui, inclusive os seus.

Anônimo disse...

Ah, Fábio, e gostei da brincadeira de você brincar um pouco de dentista, com talento, devo dizer. Farei o mesmo agora sobre seu ofício:

As glândulas em grotas se equivalem em medos amputados,
desesperos desaguados em monotonia de desamparo,
São formas críveis, que vejo retratadas em cheiros passados, vestes abandonadas...
Me ergo diante do desfiladeiro sorrateiro, tramando contra minhas mágoas, buscando reconhecer em mim um credo, um feto, um resto de chama...
Mas sei que nada posso contra a tempestade da memória e decido, sem mais hesitar, pular para o breu
de mim.

Fiz agora, nem pensei. O que quer dizer? Posso largar o consultório? Posso ser Dr. nesse campo tb?

Fábio Terra disse...

Caro Marcos de longe não fui agressivo com você, de maneira alguma, fui na verdade divertido. Eu aceito críticas e muitas, e não ligo, mas acho que, quem começou foi vc "Soneto de amor hojem dia haja saco", realmente não liguei, mas quando vi que você foi criticar o bonito poema do Benny usando de sarcasmo e irônia aí vi que vc não gostava não só de sonetinhos mas dos outros estilos também. A sua esposa e atriz relamente deve estar acostumada a aceitar críticas mas vc não. Num começo com um ataque cheio de cinismo e sarcasmo, onde vc usa esse subterfúgio de que leu que os poetas estão se distanciando dos leitores, (por favor leu aonde, gostaria de ler também) agora se faz de vítima, sofismando. Sinceramente acho pertinente a sua "reflexão", só que antes vc era um simples Anônimo, depois entra em cena "Apenas Um Cara da Massa", logo depois entra em cena "Marcos o denstista", agora no ponto de virada do seu roteiro, o personagem sofre pela agressividade de um vilão arrogante e sem coração, estamos ansiosos para ver qual será a sua próxima encenação e qual personagem você vai usar.

Um cordial abraço repleto de palmas luzes.

Pra mim esse teatro terminou, encerro aqui a minha participação, ácida, arrogante e sacal como vc mesmo disse, mas não antes dizer que vc me divertiu muito, muito obrigado.

Anônimo disse...

Fábio, antes de tudo (e escrevo isso com letras maiúsculas): EU NÃO SOU O ANÔNIMO QUE TE ESCREVEU!!Não tem porque eu ter sido esse, se botei minha cara a tapa o tempo todo! Aliás, escrevi 'dentista' para o Benny, porque ele me pediu um tipo de apresentação, esclarecer quem sou. Estou boquiaberto, perplexo com sua conclusão precipitada! EU JURO PELA MINHA VIDA que não te escrevi. Eu gosto de sonetos, acho-os bem claros! Eu quero que vc entenda isso: não te escrevi nada e não fui sarcástico com o Benny. E aceito críticas sim, mas no seu caso vc não me criticou, vc só debochou, com superioridade. Por que não me leva a sério? Por que uma indagação real minha é mais fácil de ser vista como cinismo e gozação do que uma crítica real ao trabalho de vocês?

E que bom que pude te divertir, apesar, ME DESCULPE, disso não mudar o fato do que eu, e muitos não-poetas, achamos dos rumos dos poemas de hoje.

E aqui está o link que me pediu, sobre o distanciamento dos poetas dos leitores, aconselho a todos lerem(leiam até o final pois essa idéia se conclui nos 2 últimos parágrafos):
http://geleiras.blogspot.com/2009/02/por-que-nao-se-le-poesia.html

Um abraço

Fábio Terra disse...

Pendenga resolvida !!!!!! Marcos largue o consultório e junte-se a nós:

"As glândulas em grotas se equivalem em medos amputados,
desesperos desaguados em monotonia de desamparo,
São formas críveis, que vejo retratadas em cheiros passados, vestes abandonadas...
Me ergo diante do desfiladeiro sorrateiro, tramando contra minhas mágoas, buscando reconhecer em mim um credo, um feto, um resto de chama...
Mas sei que nada posso contra a tempestade da memória e decido, sem mais hesitar, pular para o breu
de mim."

Eu achei legal, " Um credo, um feto"

Abraço cheio de letras, do vilão sem coração (risos)

Anônimo disse...

Estou com o Fábio: o poderoso poema do Benny liberou o destemido dentista! Até que você leva jeito, Marcos! Vai fundo!

E Benny, que poema, colega. Um show de imagens, melhor que filme de David Linch.

E vou ler o link do dentista, acho importante a questão que ele levantou, para todos nós!


Tenório

cisc o z appa disse...

bem...
a discussão é!
e tem seu espaço quando é.

quando não
voam as penas de um pavão

o poema do benny
é um poemavivo
ou como diria rubisco
poemacano

ele expõe um
conjunto de sentimentos
nem um pouco intricados
herméticos
de difícil entendimento
pelo contrário
o que ele tem de corpo
(encorpado)
é o corpo da rua
do senso dos comuns
e dos descomunais

e, peço lincença ao benny
para citar um fragmento
de um poema que escrevi


é uma prece final
a prece ferrugem
quando a fé urge


bendito seja
o que vem do talo
bendidos sejam os poetas
mais vale o que se fala
do que o que se cala


abraços a todos!

rogerio santos disse...

Na minha opinião, todo comentário e crítica é benvindo...
Oxalá tivéssemos mais leitores dando seus pitacos...

Abraços à todos.

Beatriz disse...

Benny, seu poema é denso e, como de praxe, de prima;)
quanto à discussão, concordo com rogério. É excelente qdo criticam. Qualquer crítica , pra mim é benvinda. ainda que doa - e sempre dói - serve pra refletir, aprimorar.
Não sei nem se é este o caso aqui. Mas, eu não descartaria assim de cara o que Marcos disse. Vejam, por mais desagradável, é a opinao dele. O ponto de vista dele.

Marcos Pontes disse...

Como poeta, contista e leitor, tenho que dá razão, pelo menos em parte ao xará Marcos Almeida. Realmente a poesia está muito pouco lida e os maiores leitores são justamente os poetas.
Dia desses comentei no blog da CD que a moda atual em termos de poesia, é criar imagens e mais imagens, a tal ponto que a poesia fica relegada à condição de escada dessas imagens. Não me refiro especificamente ao poema do Benny, de quem sou fã confesso, mas de uma forma geral.
Confesso que tenho um cuidado imenso ao usar imagens em meus poemas, pelo fato de achar que essa febre dos poetas em achar imagens é o "parnasianismo" atual. Para alguns críticos, sejam eles poetas, diletantes ou estudiosos, o bom poeta é o que consegue criar mais figuras, algumas até indecifráveis ou sem sentido a não ser para quem escreveu.
O Marcos tem razão, sim. Me desculpem meus pares poetas que vêem (com a grafia antiga, ue é mais gostosa) em qualquer crítica uma agressão, o que demonstra, dando raão ao Marcos, que o poeta está se distanciando do leitor.

Barone disse...

Gostei do poema.

Sobre a crítica do Marcos, que seja bem vinda, bem recebida, degustada e digerida. Debate é fundamental.

Marcos, acho que uma frase sua está prenhe da resposta que você procura. Você diz: "Só mantenho que minha vontade era oposta: queria entender!"

Ocorre que poesia não é feita para ser entendida, penso eu, mas sentida.

Desconheço poema que, lido por duas pessoas, oferecerá a ambas a mesma compreensão.

Daí a beleza da poesia.

Ela pode ser observada com olhares diferentes e despertar em cada um sentimentos diversos.

Em tempo: seu poema não é ruim...

Benny Franklin disse...

Oi, Marcos!

Forum de prima, esse, hein? Rs.

Bem. Entendo assim: poesia que é poesia não precisa razão... Precisa de leitor.

Confesso: mesmo sem lhe conhecer, você goza livre apreço e consideração.

Li seu instigante poema. E: Sugiro que continue a escrever.

Volte sempre.

Abraços,

Benny Franklin

PS: Marcos Pontes: também sou seu chapa.

Anônimo disse...

O que me deixou mais tranquilo, foi esse último comentário do Benny, pois concordo com a Compulsão Diária: a crítica sempre dói. Depois conversei com minha esposa, preocupado até que ponto não o desrespeitei. Obrigado, Benny pela sua civilidade e bondade. Continuo achando a poesia um pouco distante do leitor leigo, mas que bom que descobri esse blog, virei mais vezes e também botarei em prática as críticas que recebi: entender menos, sentir mais. Encarar o poema árduo e complexo com mais insistência... Mas peço, realmente sem deboche ou levianidade, que vocês considerem minha crítica, acho que só a poesia tem a ganhar, ela precisa ganhar as ruas e o cidadão normal. Na Grécia, os chefes de Estado também eram poetas, filosofos, dramaturgos. Acho que a poesia precisa de novo atingir os homens de política e líderes em geral.

PS: Percebi que meu poema fez sucesso, rs. Quem sabe não invisto nisso e tento fazer as mudanças que por hora só estou cobrando?

Tião Martins disse...

Taí uma história com final feliz...rsrsrsrsrrs!

Acho que a poesia ganhou mais um poeta... e a odontologia, bem, a odontologia mantem o seu dentista e, se bobear, ainda ganha mais uns clientes que, boquiabertos, ouvirão as poesias do Marcos!

A verdade é que nada como uma crítica inteligente para despertar a inteligência de todos.

Obrigado Marcos. Que venham agora os oftalmologistas, pediatras e profissionais em geral!

Anônimo disse...

Muito bom, Tião!!

Tenório

Anônimo disse...

Putz, passei poucos dias fora da visita diária e, na volta, encontro um debate intenso aqui, que maravilha! Benny, que sentir profundo despertaste! Marcos, que reflexões instigantes provocaste! É tão belo isso...

Anônimo disse...

Poesia também é isso: forma de olhar a vida, com amor, compaixão. A postura do Marcos Benny e congêneres. Concordo plenamente com o Barone. Poesia é emoção única para quem escreve e única para cada um que a lê. Única sempre, cada palavra uma vez lida, soa diferente ao ouvido de quem a ouve, principalmente de quem a fala. A poesia não presta atenção no outro, embora feita para o outro. É o paradoxo da palavras.

Marco Túlio disse...

Na minha opinião, a poesia carrega em si uma sintonia, e cada uma é diferente.. Para mim, muitas vezes não há necessidade de compreendê-la de fato, se ela me faz apenas imaginar, nas imagens que traduz..mesmo quando são abstratas.
Ou apenas sentir (é aí que se dá a sintonia) quando fala algo como se fosse para nós mesmos, mas que é um sentimento do poeta que a escreveu, coisas em comum.
Sempre é muito válido pensar e procurar interagir para entender qualquer coisa, e é de bom tom também deixar-se "sentir", o poeta que te habita...
Essa é apenas minha opinião, talvez mude assim como tudo muda.. "As verdades são frutos na árvore que cada um plantou"!

Marco Túlio disse...

Muito bonito o poema do blog!
Ah, e não precisamos provar nada pra ninguém, pelo menos eu não escrevo pensando em agradar a leitura.. "não se usa filtros quando a água brota da fonte"!
Abraços poéticos!

Joe_Brazuca disse...


o poema , um jorro...
a celeuma, um esporro !

ambos são legais !

Benny, vc se superando 4ever !
abraço
Joe