Que mil flores desabrochem. Que mil flores
(outras nenhumas) onde amores fenecem
que mil flores floresçam onde só dores
florescem.
Que mil flores desabrochem. Que mil espadas
(outras nenhumas não)
onde mil flores com espadas são cortadas
que mil espadas floresçam em cada mão.
Que mil espadas floresçam
onde só penas são.
Antes que amores feneçam
que mil flores desabrochem.
E outras nenhumas não.
Manuel Alegre
10 comentários:
Lindo!
Parabéns!
"que mil [ e uma] flores desabrochem" para essa bela cidade [minha]...
belo poema que me veio embargar a voz, em saudade!
Pulsa(nte)!
E que nasçam as flores sempre. Lindo poema.
Que lindo poema! Lindo,lindo,lindo! Parabéns,
helena
Boa escolha. Labirinto da linguagem florido e comovente.
Boa, Barone!
Não podia deixar de comentar, para sentir tê-lo feito. Ir além da sensação, será? A_bordar o poema na beleza do seu equilíbrio: a interioridade dada à voz e o modo como a mesma é solta, o espaçamento na construção das estâncias, a inversão da ideia em versos, a beleza dum final sus_penso!... Bela homenagem à Poesia e a uma cidade onde, por certo, o poeta a terá vivido. Parabéns pela escolha!!
Espadas que tudo cortais
Cravos de esperança nasceram
Que mil flores me despontem na alma
Mas que a liberdade não esqueçam...
Uma escolha fantástica do nosso grande Manuel Alegre.
Muitos parabéns
Flores para Coimbra é nome de Álbum musical de António Bernardino...Gostaria de saber se é possível encontrar este Álbum ou CD!
Resposta a meirelesportuense:
António Bernardino, António Portugal, Francisco Martins e Luís Filipe Rôxo.
Infelizmente é quase impossivel comprar esse album. Nunca foi reeditado em CD pois os masters originais arderam durante um incêndio nos Armazéns da Editora de Arnaldo Trindade no Porto. É pena. É um album muito bonito. Talvez hoje o mais importante em toda a história da Canção de Coimbra.
Manuel Portugal
Jornalista e Guitarrista.
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