Sentado em meu próprio ventre
olho pr’essas mãos que agora, acorde
pulsa em mibemolmaior – ouve e sente
hoje pianisticamente ágil e forte
amanhã jazz carne , pó e morte...
Hoje, mãos dedos performance
Amanhã, pútrida óssea catacumba
Destra mão segura_mente em transe
Sinistra, outra do anel, penumbra...
Ontem, entrelaço de ébano e marfim
Hoje, sangue exímio, Chopin carmim
Amanhã abismo plúmbeo sem fim...
Cinzas poeira em leve azafama, rodopia
Tintas veludo “parfum”, sinfonia
4ª no baixo, suspensiva agonia...
...e os corvos batem as asas e espargem as cinzas...
9 comentários:
E viva Poe e os seus corvos!
Apaixonante, o último verso impagável. O poema parece captar a alma de Poe e de seus corvos, e de seus fantasmas. Belo.
só a última frase é um poema inteiro. Gostei.
abração,
helena
hei joe!
e poe...
muito bom, meu camaradinha!
Bela poesia,
bela homenagem.
Um grande poema, Joe.
Poeticamente adequado a uma quarta-feira de cinzas...
Bela homenagem. Parabéns!
H.F.
Hey, Joe!
Música no poema cantante allegro, ma non troppo.
Genial!
Vc faz rimas incríveis. Ouvido de músico, mão de artista plastico, pena de poeta, olhar de anil-brilho e todo bom humor (bom-humor?!! esse acorod é de amargar)
À la Poe jazz hoax!
(humm essa foi de lascar!)
Gostei muito também! Vários versos em Dó Maior. =) Válida também a homenagem. Grande abraço
Oi, Joe!
Poemaço, de prima.
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