segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009


A nuca à mostra,

corto fios e cordões.

Eu me retalho.

O pescoço à forca

é a única forma de brotar.

arte: Pablo Picasso

10 comentários:

Anônimo disse...

e o nome do quadro ? rola ?

Victor Meira disse...

A leitura me trouxe um músico, um violoncelista, retalhando e gastando as cerdas e os cordões da vara na nuca do instrumento, e a música a brotar de seu punho em forca.

Gosto, Débora.

Adriana Godoy disse...

Interessante a associação da imagem com o poema. Também gostei.

Beatriz disse...

O corpo e a dor: formam brotos. Nas mulheres, são semente e e fruto. Picasso "degolava" suas mulheres depois que o amor fenecia.
Beleza de associação

Barone disse...

Curto e voraz.

Maria Cintia Thome Teixeira Pinto disse...

Unica forma de renascer é o corte do talo, a poda
mas a essencia a mesma...diante de outros mas nunca daqueles que nos levaram à forca, ao delirio, ao morrer tantas e tantas vezes
Excelente interaçao com Pablo

Anônimo disse...

Estou pegando vício de me deliciar com a poesia e com os comentários dos poetas... tudo maravilhoso aqui!

Anônimo disse...

Este poema nunca teve título. Entendo hoje que nem poderia. Ele tem identidades tantas, Graças a vocês.
Obrigada.

Beijo e carinho,
Débora

Débora Tavares disse...

Este poema nunca teve título. Entendo hoje que nem poderia. Ele tem identidades tantas, Graças a vocês.
Obrigada.

Beijo e carinho,
Débora

Felipe Costa Marques disse...

Seu poema dilacera e vejo uma flor nascendo.. nem precisa da imagem do quadro..

Adorei! abs!