Fica
Esse pressentimento do orgasmo
O falo
Duro
Essa impossibilidade insana
Da cama
Resta
Essa condescendência com a
Memória
A imaginação
Em sua ereção entrando lentamente
Entre tuas pernas
Resta
O movimento imaginado do quadril
Circular
Ciranda
Da cama despida de pudores
Das cores
O vermelho
Sangue na veia pulsando desejos
Secretos
Tocando
O fundo do colo colorindo
Os olhos
De brilho
Do corpo movendo os seios
No ritmo
Inteiro
Que a mão impõe à nuca
Os dedos
Buscando
O conhecimento de cada canto
Secreto
Até que
Na boca atira-se toda a convulsão
Do corpo
Que goza
Entre os lábios despidos do idioma
Uma lembrança
11 comentários:
O manjar quase que sagrado transmutando o poema, durante sua construção.
Fome de vida. fome de morte. Expansão do ser.Beleza de poesia : numinosa
"A imaginação
Em sua ereção entrando lentamente
Entre tuas pernas"
que (ins)piraçã dos sentidos!
Estou encantada com o que vi!
Voltarei, tá? E obrigada pela visita!
Beijos
Bacana! Gostei da forma que o poema se estrututa, tal como do conteúdo!
Muito bom !!
Esquentou a noite fria deste verão esquisito aqui no interior de sampa.
Ei colega, só passei pra dizer que adorei o poema 'Do que fica'. Tem a pungência das canções da Bethânia. Muito bom. É um prazer rachar o dia 15 contigo!
Muito bom! Sensualidade e poesia sem faltar o que seja em qualquer uma das duas.
Poesia que dá toques nos sentidos....ab
bom, guri. joia. a construçao me chamou a atençao.
Assino abaixo do Heyk! Gosto bastante deste poema... Ouvi declamado pela primeira vez e fui atrás do texto. Jóia!
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