Um dia quente, feroz tormento
manto de intenso
gosmento suor
rios de escassa
supérflua mágoa
são tua paga
na solidão
Meio do dia
confesso o diabo
claro contexto
contesto e nego
e não aceito
desminto e apago
e ainda volto
solto e não solto
caminho tensa
como uma lâmina
sobre a parede
de cal e pedra
Há uma serpente
de sol e cheiros
que sobe ardente
pela janela
Quisera ser uma borboleta
quieta,
confiante,
sobre um chapéu.
16 comentários:
aH, QUE Lindo.
A mim bastava ser quieta e confiante, nem precisava ser uma borboleta.
Beijos, cara mia.
Lindo, lindo, lindo.
Tanques um lote, minha linda. pela visita e o comentário.
beijão,
merrel
escrita em asas!
QUE LINDO MHEL!!!
boa indicação a minha...
beijos e seja bem vinda ao poemadia!
Que delicia!
Divido o sonho!
Um poema como tem que ser: não literatura, mas artes plásticas.
Sem ser borboleta, você já voa! rs
Bacana dividirmos o dia 23.
Magnífico. Com tua verve, Helena, impossível ser uma borboleta quieta. O fluxo deste poema é vôo rasante de águi com olhos de lince.
Repito: é magnífico. Vertiginoso nas rimas que me tomaram.
Um belo voo sob o olhar da poeta ou da borboleta?
Obrigada, Renata, vai ser um prazer dividir o 23 com você. Data mágica, para mim duas vezes.
beijão,
Helena
Adriana ,
A poeta e a borboleta estão juntas no mesmo chapéu - espero. Obrigada por comentar.
beijão,
Helena
Lady Day,
Não consegui acessar seu perfil. Obrigada por me indicar.
grande beijo,
Mhel
Obrigada a todos que comentaram. Agradeci nos blogs pessoais quando tive acesso.
Obrigada a Daisy por me indicar e ao Barone por me aceitar.
Vai ser um prazer dividir o espaço com tantos bons poetas.
Helena
Ainda na terra de São Salvador descobrindo seu desejo em ser uma borboleta. Isso me fez lembrar aquele seu primo por osmose, o pai do Cecéu, que também queria ser uma borboleta.
Com sua presença, com certeza o poemadia ganhou em beleza e qualidade.
Beijos,
Tom
Um belo poema, dotado de força e ritmo! Gostei muito!
Tanques Noll e Barone.
beijos,
Helena
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