sábado, 21 de fevereiro de 2009

Abadia

Dos contos de fada
longe
longo caminho
reta infinita
Da Terra
Gaia se fez monte
Rochedo
Igreja
Difícil ver
se fez prisão
Revolução
Mar e Terra comungam
O tempo
Mont Saint-Michel
Fala no silêncio
do sentir

França/2002.

6 comentários:

Anônimo disse...

Cama Vazia
Vera Pinheiro

A tua ausência repousa
No travesseiro vazio
Ao lado do meu
Olhar distante

Estendo a mão e não te encontro
No espaço entre o corpo e a parede
Onde ricochetam lembranças
Que voltam e(m) vão

Espicho as pernas e a memória
De todos os detalhes
Recorte do ontem
Fragmentos de uma história

Mais pela companhia
Do que por desejo
Sinto falta dos teus pés
Coladinhos nos meus
E do teu beijo ao acordar

O que me contenta é no dia seguinte
Olhar minha cara no espelho e não te ver por perto
A testemunhar o efeito de uma noite insone

Então, sorrio da saudade e me refaço.
Afinal, a cama pode estar vazia,
Mas a vida, não!

Beatriz disse...

Cátia, poema pleno de referências que gritam.

Victor Meira disse...

É um poema visão, de sentnimentos que vão andando à velocidade da caneta, pra guardar no papel a memória sensitiva de uma lembrança visual.

São tijolos. A poesia respeita o tempo do olho.

Bacana, Cátia.

Anônimo disse...

Cátia, querida, que boa a tua companhia poética neste espaço. Eu te recebo com meu coração, que às vezes está na (r)evolução das palavras; de outras, em silêncio.

Anônimo disse...

alguns caminhos são submersos,
por névoas ou águas carentes.

mas a fantasia permanece,
abraçada,
ao sentir do silêncio.

Bela "abadia"!

Welington de Sousa disse...

Lembranças que ficam , lembranças que vão de vão em vão pela memória do tempo passante.

Belo poema