A tua ausência repousa
No travesseiro vazio
Ao lado do meu
Olhar distante
Estendo a mão e não te encontro
No espaço entre o corpo e a parede
Onde ricochetam lembranças
Que voltam e(m) vão
Espicho as pernas e a memória
De todos os detalhes
Recorte do ontem
Fragmentos de uma história
Mais pela companhia
Do que por desejo
Sinto falta dos teus pés
Coladinhos nos meus
E do teu beijo ao acordar
O que me contenta é no dia seguinte
Olhar minha cara no espelho e não te ver por perto
A testemunhar o efeito de uma noite insone
Então, sorrio da saudade e me refaço.
Afinal, a cama pode estar vazia,
Mas a vida, não!
Vera Pinheiro
8 comentários:
A viada em perspectiva. Otimista, Vera até na nostalgia. Muito bom!
esse é o momento...
bom !
abraços
Bonito poema. Parabens!!
Adorei :-)
"Espicho as pernas e a memória"
Bjsss.
Informo que está sob vigilância atenta do ROQUERHUNTER. Advirto para a possibilidade de fazer parte da SALA DE TROFÉUS do "caçador de supositórios"... ou NÃO.
Ei Vera, li seu poema e senti pelo que posso perder... Chamei minha esposa e lemos juntos de novo. Depois ficamos em silêncio, nostálgicos e valorizando tudo mais...
Parabéns!
é de gostar este poema!!
é de gostar mesmo!
abraços
Amadas e amados, obrigada pelos recados. Cada palavra é lenitivo para noites de ausência e ânimo para um novo dia. Meu carinho para vocês.
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