sábado, 21 de fevereiro de 2009

Cama Vazia

A tua ausência repousa
No travesseiro vazio
Ao lado do meu
Olhar distante

Estendo a mão e não te encontro
No espaço entre o corpo e a parede
Onde ricochetam lembranças
Que voltam e(m) vão

Espicho as pernas e a memória
De todos os detalhes
Recorte do ontem
Fragmentos de uma história

Mais pela companhia
Do que por desejo
Sinto falta dos teus pés
Coladinhos nos meus
E do teu beijo ao acordar

O que me contenta é no dia seguinte
Olhar minha cara no espelho e não te ver por perto
A testemunhar o efeito de uma noite insone

Então, sorrio da saudade e me refaço.
Afinal, a cama pode estar vazia,
Mas a vida, não!

Vera Pinheiro

8 comentários:

Beatriz disse...

A viada em perspectiva. Otimista, Vera até na nostalgia. Muito bom!

Joe_Brazuca disse...

esse é o momento...

bom !

abraços

Luísa disse...

Bonito poema. Parabens!!

Unknown disse...

Adorei :-)

"Espicho as pernas e a memória"

Bjsss.

rokerhunter disse...

Informo que está sob vigilância atenta do ROQUERHUNTER. Advirto para a possibilidade de fazer parte da SALA DE TROFÉUS do "caçador de supositórios"... ou NÃO.

Anônimo disse...

Ei Vera, li seu poema e senti pelo que posso perder... Chamei minha esposa e lemos juntos de novo. Depois ficamos em silêncio, nostálgicos e valorizando tudo mais...

Parabéns!

Heduardo Kiesse disse...

é de gostar este poema!!
é de gostar mesmo!


abraços

Anônimo disse...

Amadas e amados, obrigada pelos recados. Cada palavra é lenitivo para noites de ausência e ânimo para um novo dia. Meu carinho para vocês.