sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

prefaciando a chuva


"Nimbus", Henrique Coutinho

dos nimbos o rufar
mostrou-me do azul a ira
por meus olhos de tantos
outros céus colecionados

ali onde asas encenaram
festejos e ritos
não mais um porto
para celebrar
suspensa que ficava
assim a tarde

eu que sofria a amplidão
bateia nas mãos
apenas procurava o sol
garimpando sonho
algum que restasse

11 comentários:

Anônimo disse...

Nossos olhos sempre se alegram de imagens prazeirosas e guardanda-as...Sempre restam sonhos...Bela poesia.Beijos.

L. Rafael Nolli disse...

Muito bonito o poema. Essa busca incansável por sol, quando não há mais porto.... Bacana!

Débora Tavares disse...

"Suapensa que ficava// assim a tarde". Muito bonito!
Abs.
Débora

Jefferson Bessa disse...

Interessante construção para essas imagens que se mostraram consistentes. Bonito mesmo!

Flávia Muniz Cirilo disse...

"Sofria a amplidão"...
belo isso...

Adriana Riess Karnal disse...

de céus e sonhos... que bonita tua imensidão celeste

cafundó disse...

Garimpar sonhos, sina de poeta.

Barone disse...

Belissimo Dangelo!

Beatriz disse...

Sempre procuramos, não vale desistir dos sonhos. Seja resalita sonhe o impossível

cisc o z appa disse...

a poesia
em suspensão

atheos
e o drama da crença

e a matéria
(brutalmente esquecida)
que nos constitui:
o sonho

d'angelo, grande poema!

flaviooffer disse...

Sempre haverá um sonho a garimpar!
Sempre haverá um sol presenteando com seus doirados raios!!!

Belo poema!