Engoliu a platéia
Com olhos descortinados
De porcelana
Se fizeram sorrisos
Tímidos
Lá do alto
Girava outra
Em velocidade cortante
Que confundia o ar
e soprava
os fios de cabelos soltos
Os passos
eram marcados
feito cicatriz
O corpo
abraçava a roupa
colada
E com as mãos
ela marcava o tempo
da própria dança
Eu ensaiava
palmas
rápidas e fortes
Mas desistia
quando o palco
era maltratado
Pela ponta
dos seus pés
doloridos
Todos
se entregavam às suas graças
sem a minha permissão
Ela era só minha,
a bailarina.
Julia Duarte.
11 comentários:
Lindo, lindo!!!!
Lindo! Me entreguei as tuas palavras como a plateia a bailarina. :)
Ah... mas temos que deixar ser pois a bailarina so sabe ser quando se é de toda uma platéia.
Pouco e bom!
Abçs
bailarinas encantam poetas e poetisas. platéia cativa
bela a bela
baila e baila
barabéns e bericidades!
ye!
Bem vinda Júlia. Vamos poetando.
linda!!
e você é a bailarina da minha vida, tão delicada e ao mesmo tempo tão forte. o teu espetáculo me fascina, por sua causa mudei o rumo das minhas palmas várias vezes e todas valeram a pena. linda te amo.
Sonhei nesse poema. E foi tão bom.
Beijo ;)
Divinaaaa!
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