quarta-feira, 16 de maio de 2012

Louça Suja



Palha de aço, sabão e detergente
Passeando cano abaixo água e gordura
No reflexo da fôrma vejo meus olhos
Engolidos pelo ralo (tristeza e fúria)

Repetição e melancolia
Garfos sujos de arrependimento
Ensaboando pensamentos imundos
Enxaguando-os com sofrimento

Os copos espelham rotina
Impregnados de agonia
Marasmo / Tédio / Solidão

Por fim, secando a pia
Consultório de psiquiatria
Contato direto com a podridão

Um comentário:

Adriana Godoy disse...

Beleza, Tomaz! A sujeira que satisfaz. beijo