arte: rafael godoy
me ensine a percorrer esses
caminhos sem sombras
me diz embora o dia nublado
e os homens cinzas
que a noite vem com estrelas
tenho as mãos secas de agonia
imploro para que preserve os meus olhos
esses ossos e o coração já vacilante
que a morte é certa mas não precisa ser agora
descobri que tenho me escondido em vão
e o meu grito se estende como uma estrada longa e sem volta
vejo em você o que não queria ver em mim
e me assusto sempre
então me mostre o que não sei
e deixe a marca de seu amor
me contamine
nesse dia
que essa febre não vai me matar
pelo menos hoje não
caminhos sem sombras
me diz embora o dia nublado
e os homens cinzas
que a noite vem com estrelas
tenho as mãos secas de agonia
imploro para que preserve os meus olhos
esses ossos e o coração já vacilante
que a morte é certa mas não precisa ser agora
descobri que tenho me escondido em vão
e o meu grito se estende como uma estrada longa e sem volta
vejo em você o que não queria ver em mim
e me assusto sempre
então me mostre o que não sei
e deixe a marca de seu amor
me contamine
nesse dia
que essa febre não vai me matar
pelo menos hoje não
2 comentários:
Grande, DRI!
Como todos os seus poemas!
Beijos
Mirze
a ansiedade do amor sempre nos consome.
esse "lobo correndo em círculos" que sorrateiro nos persegue.
e é sempre assim, "dia nublado, homens cinzas"...
há algum amor que não tenha o sofrimento como amante? não sei a resposta, mas ainda que aparecesse um vil dizendo que há, não acreditaria...
eu queria a alternativa do ódio, mas ele é tão sem graça, tão previsível...
então, "se é dor, quero um mar dessa dor".
sofrimento pouco não vale nada.
ler seu poema me fez bem.
sentir seu poema me fez mais.
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