Paul Celan
Eu me perdi no
pó durante a caminhada.
Hoje,
descaminho pelo vão da estrada!
Paul Celan
cristalizou-se intuitivo,
o Sena levou-o
em sufocante abraço.
Eu, aos
gritos, vejo a poesia sufocada,
meu ato de
contrição indolente.
As sombras
carregam Paul,
forçam-no a
cavar seu próprio túmulo,
sufoco do
tempo, silêncio.
Assim o tempo
é mais tempo,
e meu tempo é
ampulheta imprecisa.
Sorrio um
sorriso escasso e tímido
metade de mim
grita um silêncio desmedido
e os outros pedaços estão
expostos na calçada.
Um comentário:
A Poesia como diálogo e construção poética, parabéns!
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