sábado, 4 de fevereiro de 2012

Pinheirinho

deveria ser só um símbolo do natal
sobrenome de jogador
diminutivo banal
quis o destino
os patrões
e seus assassinos
que virasse árvore
do mal
exemplo da maldade
do ódio brutal

que algum deus
proteja essas famílias
e receba os que foram
em ilhas de paz

e peço mais:
que algum outro deus
da justiça
e da espada
condene os opressores
e suas almas amaldiçoadas
a uma eternidade
sofrida
solitária
no alto 
de suas coberturas
envidraçadas.

4 comentários:

João Luis Calliari Poesias disse...

De uma grandeza infinita é seu poema, Tião. Abraço

Ana Ribeiro disse...

Triste descrição poética de uma realidade podre.
Um abraço solidário.

Adriana Godoy disse...

É isso, Tião.

Belo e signficativo poema.

Beijo

Tião Martins disse...

É como dizem, amigos, "pinheirinho somos nós"!
Valeu.