sábado, 18 de fevereiro de 2012

O Medo e a Prosa

Haverá, sim…
uma esperança
além do que eu não disse…
além do meu último olhar
quando o mundo parou…
quando o taxi partiu…
quando a vida chorou
por nós dois…
por você sem mim.

Ainda quero o sim
na voz embargada…
Na noite chuvosa
no medo, na prosa
de mãos entrelaçadas
enquanto não parto
ou monto o seu quarto,
para assim caber
toda essa vida.

E assim espero o beijo
que vai mudar o mundo…
Que vai virar um samba
E que não deixará
o avião partir
rumo ao alto…
rumo ao planalto…
rumo ao mundo vazio
do amor de nós dois.

(Anderson Julio Lobone)

Um comentário:

Francisco Coimbra disse...

Houve, quase de certeza, uma música a acompanhar, a marcar, o ritmo da escrita onde os versos se fizeram, já não se ouve mas, registo a impressão!