sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Sete Tempos
Manda-me mais sonhos
ainda tenho muito sono
é cedo para camisa e gravata
os anjos rondam minha cama
e me arrumam as cobertas
Ferva-me mais água
o café, deixa que meço
é cedo para o banho quente
o aroma inunda a casa
e pede janelas alertas
Esquenta-me mais os ladrilhos
ainda visto macia flanela
é cedo para a porta e fresta
os sonhos inda persistem
fogem das horas certas
Banha-me de doce perfume
ainda de que breve escuma
é cedo para o baile e festa
o lenho que queima e aquece
trepida em faíscas dispersas
Arruma-me por sobre o leito
a roupa que o sol secou
é cedo para o pente em riste
o torpor que cai e esvanece
deixa por sombras discretas
Alinha-me sobre o peito
o pão que ainda existe
É cedo para a faca e corte
O leite de ubre e porte
escorreu por valas abertas
Lustra-me o couro pisado
ainda é pouco o brilho
já se faz tarde, ao que viestes
o corpo cálido que a lua velou
deita eterno em pedras concretas...
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joe canônico,
joe_brazuca
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4 comentários:
Emocionou-me sinceramente!
Lindão! Muito bonito mesmo! Beijo
Joe, bonito poema!
Obrigado muito, estradeiros !
abraço forte !
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