sábado, 1 de outubro de 2011

Poema

Quem sou agora
Neste mundo de ontens e antes?
Os tempos são estranhos
São surdos e vazios
Quem sou agora
Neste tempo de imensos desertos?

Tenho o coração nas mãos
A palavra na ponta da língua
Os pés no pó destes caminhos incertos

Quem sou eu agora
Neste mundo de antes e ontens?
Os tempos estão enfadonhos
São cegos e vazios
Quem sou eu agora
Neste tempo de imensos dejetos?

Tenho o coração nas mãos

7 comentários:

Ana Ribeiro disse...

O sujeito em crise mais uma vez. Em uma era em que estão em crise também o tempo e o espaço. Seu texto capta perfeitamente o instante.
Abçs
Ana Ribeiro

Francisco Coimbra disse...

Gostei de ler o comentário, também deixo o meu... abraço.

L. Rafael Nolli disse...

Barone, são indagações profundas, que muitos se fazem diariamente. Captou um sentimento no ar. Excelente.

Sergio Maidana disse...

Simplesmente 10.

BAR DO BARDO disse...

lira e coração

na ponta dos dedos

Sidnei Olivio disse...

Apenas repito os demais, Barone. Demais!! Abs.

Benny Franklin disse...

Boa, Barone! De prima!