Quem sou agora
Neste mundo de ontens e antes?
Os tempos são estranhos
São surdos e vazios
Quem sou agora
Neste tempo de imensos desertos?
Tenho o coração nas mãos
A palavra na ponta da língua
Os pés no pó destes caminhos incertos
Quem sou eu agora
Neste mundo de antes e ontens?
Os tempos estão enfadonhos
São cegos e vazios
Quem sou eu agora
Neste tempo de imensos dejetos?
Tenho o coração nas mãos
7 comentários:
O sujeito em crise mais uma vez. Em uma era em que estão em crise também o tempo e o espaço. Seu texto capta perfeitamente o instante.
Abçs
Ana Ribeiro
Gostei de ler o comentário, também deixo o meu... abraço.
Barone, são indagações profundas, que muitos se fazem diariamente. Captou um sentimento no ar. Excelente.
Simplesmente 10.
lira e coração
na ponta dos dedos
Apenas repito os demais, Barone. Demais!! Abs.
Boa, Barone! De prima!
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