quinta-feira, 4 de agosto de 2011

desassombro [poema de Gavine Rubro]


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espalham-se fios ténues de magma pontual no sol desperto dentro dos meus olhos. dentro da terra somos células em concurso, se os acessórios forem protagonistas de prodígios distanciados da verdadeira maravilha da matéria nua e virgem das nomeações. porque na hegemonia do sentimento expomos o pulmão da rocha, a mão da grafite, a faca da boca, o céu das mulheres. e a idade por vezes apadrinha o corpo com uma estranheza corrosiva, a falência crescente do pormenor, a curiosidade carcomida pelo relógio mais semelhante a uma gigante moeda dourada como qualquer miragem. Fortifica-se o pensamento na masturbação de um espelho qualquer, vens-te, dez segundos de prazer e sujas o vidro e também sujo permanece o pensamento assim como qualquer outro melhor momento fora da tua cabeça.

Gavine Rubro


[*Belkis Ayón Manso's "Untitled No. 3." - Rubén Torres Llorca]

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[nota de autor]
Lanço um desafio a cada membro do POEMA DIA:
um poema a várias mãos, uma estrofe por autor do clube,
um poema «POEMA DIA», que vos parece?
depois publicávamos aqui o resultado,
se gostarem da ideia contactem: gavinerubro@live.com.pt
Com a maior vénia a todos,
G.

3 comentários:

BAR DO BARDO disse...

O texto me incomoda. Como gosto.

Francisco Coimbra disse...

BELO "DESASSOMBRO"! No texto e na ideia, deixo meu email: franciscocoimbra@hotmail, darei sequência ao que me chegar. A_braços!!

Sun Iou Miou disse...

Já estou desejando ler o produto do desafio!

Abraço
María