domingo, 21 de agosto de 2011

De volta

Vou para casa
Nada de muito emocionante
Apenas quero retomar a minha vida
Afinal, os cachorros rosnam para mim
O guardinha na guarita me pede documentos
A empregada nao me reconhece
E os filhos tem a impressão, vaga,
De que me conhecem, sem lembrar de onde

Nao sei mais dos meus CDs
Onde estão os meus livros
Aquela roupa que comprei e nao usei

Tanta ausência de mim
Fora do único lugar
Em que posso ser eu mesma

2 comentários:

Renata de Aragão Lopes disse...

Vera,
um de seus poemas mais fortes!

"Tanta ausência de mim
Fora do único lugar
Em que posso ser eu mesma"

Resta-nos a indagação:
onde é que moramos, enfim?

Grande abraço,
Doce de Lira

Aline disse...

ninguem me chamou aqui. eu vim porque eu quiz. ainda bem.

muito bom.