Vou para casa
Nada de muito emocionante
Apenas quero retomar a minha vida
Afinal, os cachorros rosnam para mim
O guardinha na guarita me pede documentos
A empregada nao me reconhece
E os filhos tem a impressão, vaga,
De que me conhecem, sem lembrar de onde
Nao sei mais dos meus CDs
Onde estão os meus livros
Aquela roupa que comprei e nao usei
Tanta ausência de mim
Fora do único lugar
Em que posso ser eu mesma
2 comentários:
Vera,
um de seus poemas mais fortes!
"Tanta ausência de mim
Fora do único lugar
Em que posso ser eu mesma"
Resta-nos a indagação:
onde é que moramos, enfim?
Grande abraço,
Doce de Lira
ninguem me chamou aqui. eu vim porque eu quiz. ainda bem.
muito bom.
Postar um comentário