sábado, 13 de agosto de 2011

Das cores das flores

O que somos além de flores num jardim de enunciados?
Nosso retrato se iguala ao de um ser observado numa jaula
Os pés se agregam ao chão como raízes impostas
Somos vistos de uma janela como fantoches hostis
Nosso spleen flui numa cadeia insinuante de versos
Por trás de rimas nem sempre há poesia, nem música
Em nossa face um azul que muda de tom, transformação
Quando os joelhos se reduzem à humilhação por nada
Concluímos frases contextuais, tentando persuadir
Afinal quem somos numa terra de pleonasmos voadores?
Somos apenas flores de um jardim misterioso, morremos.


John Pitre - Over Population

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